Recentemente, o Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) fez uma declaração polêmica. Ele afirmou que os viajantes internacionais causam mais prejuízo à indústria nacional do que a isenção de impostos em compras na Shein. Essa declaração gerou um grande debate e trouxe à tona questões importantes sobre a economia e o comércio exterior.
O Contexto da Declaração
Josué Gomes, Presidente da FIESP, destacou que há um grande alarde em torno da chamada “Taxação de Blusinhas da Shein”. Essa expressão se refere à cobrança de impostos sobre compras feitas no exterior, incluindo aquelas abaixo de US$ 50, bastante populares no marketplace chinês especializado em moda, a Shein.
Parte da indústria brasileira defende essa taxação como uma forma de proteger o setor nacional. No entanto, muitos dos produtos oferecidos em sites estrangeiros não estão disponíveis no mercado nacional. Quando estão, muitas vezes são produtos de marca branca (white label) com apenas uma marca nacional estampada, como é o caso de alguns eletrônicos.
O Impacto dos Viajantes Internacionais
Gomes argumenta que o limite de isenção de compras feitas no exterior, atualmente de US$ 1.500, é mais prejudicial para a indústria nacional do que a isenção de compras na Shein. Ele afirma que os viajantes internacionais podem trazer até US$ 1.500 em produtos por entrada, podendo fazer isso até 12 vezes por ano.
Segundo ele, com 24 milhões de viajantes internacionais entrando no Brasil anualmente, isso representa um potencial de importação legal de US$ 36 bilhões sem tributos. No entanto, essa conta não tem muita lógica ou base técnica.
Realidade dos Viajantes Internacionais
É importante destacar que muitos passageiros que embarcam em voos internacionais não viajam por lazer. Muitos viajam para visitar parentes ou a negócios e não estão dispostos a fazer compras no exterior.
Além disso, a cota de US$ 1.500 é raramente atingida e se limita a um público de renda extremamente alta. Apenas alguns países oferecem vantagens reais na compra de produtos, e muitos desses itens não estão disponíveis no Brasil.
Conclusão
As declarações do Presidente da FIESP levantam questões importantes sobre o impacto das compras no exterior na economia nacional. No entanto, é crucial considerar a realidade dos viajantes internacionais e a disponibilidade de produtos no mercado brasileiro.
Perguntas Frequentes
1. O que é a “Taxação de Blusinhas da Shein”?
É uma expressão que se refere à cobrança de impostos sobre compras feitas no exterior, incluindo aquelas abaixo de US$ 50, populares na Shein.
2. Qual é o limite de isenção de compras feitas no exterior?
Atualmente, o limite de isenção é de US$ 1.500 por entrada no Brasil.
3. Todos os viajantes internacionais trazem produtos na cota máxima permitida?
Não, muitos viajantes não atingem a cota de US$ 1.500 e viajam por motivos que não incluem compras.
4. A maioria dos produtos comprados no exterior está disponível no Brasil?
Não, muitos produtos comprados no exterior não estão disponíveis no mercado brasileiro.
5. A declaração do Presidente da FIESP tem base técnica?
Não, a conta apresentada por Josué Gomes não tem muita lógica ou base técnica.
6. Qual é o impacto real dos viajantes internacionais na economia brasileira?
O impacto é menor do que o apresentado, pois muitos viajantes não atingem a cota de isenção e viajam por motivos que não incluem compras.
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