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Formação de Gelo na Aeronave: Risco Crescente na Queda do Avião ATR

A queda do avião é um dos maiores temores na aviação, e a formação de gelo na aeronave ATR tem sido um fator crítico em vários acidentes. Recentemente, um incidente com um ATR 72-500 da Voepass trouxe à tona a importância de entender e prevenir esse risco. Vamos explorar os detalhes e procedimentos que podem fazer a diferença em situações como essa.

O Parafuso Chato no ATR

O comandante Juan Browne, conhecido como Blancolirio, analisou o acidente com o ATR 72-500. Ele observou que, durante a queda, os motores estavam funcionando, mas a tripulação reduziu a potência em algum momento. Isso é crucial, pois a redução de potência é o primeiro passo para sair de um parafuso chato.

Blancolirio explicou que, em um parafuso chato, a aeronave cai paralelamente ao solo. A configuração da cauda em T do ATR e o ângulo de ataque dificultam a recuperação. Mesmo com os pedais aplicados, o leme não tem a ação desejada para mudar a direção.

Reduzir a potência dos motores permite que o nariz da aeronave caia, diminuindo o ângulo das asas e facilitando a geração de sustentação. Isso também ajuda na atuação dos lemes para parar a rotação e sair do parafuso.

Condição de Gelo no ATR

A formação de gelo foi confirmada pela Voepass e consta nas publicações oficiais da aeronáutica. A tripulação estava ciente do risco, mas o gelo esperado estava dentro dos parâmetros permitidos. No entanto, Blancolirio destacou que os turboélices, como o ATR, são mais suscetíveis à formação de gelo.

O Brasil, especialmente no inverno, apresenta condições propícias para a formação de gelo a 17 mil pés. Grandes aviões voam acima do nível de formação de gelo, mas os turboélices ficam no meio do “sanduíche”.

O manual do ATR alerta que operar em países mais quentes não evita a formação de gelo. A 30ºC no nível do mar, a temperatura pode ser 0ºC a 15 mil pés. Há um checklist específico para essas condições, que inclui aumento de velocidade, aplicação de potência máxima contínua e desativação do piloto automático.

Procedimentos em Condições de Gelo

O checklist segue o princípio Aviate, Navigate and Communicate (Voe, Navegue e Comunique). A prioridade é voar a aeronave, navegar para fora da área adversa e comunicar a situação ao controle de tráfego aéreo.

Em 2013, um ATR 72-500 da TRIP Linhas Aéreas enfrentou uma situação similar. A formação de gelo foi confundida com problemas nas hélices, levando à perda de controle. A tripulação conseguiu reverter a situação, mas o incidente destacou a importância de seguir os procedimentos corretos.

Conclusão

A formação de gelo na aeronave ATR é um risco significativo que requer atenção e procedimentos rigorosos. Compreender os fatores que contribuem para a queda do avião e seguir os checklists pode salvar vidas. A aviação continua a evoluir, mas a segurança depende da preparação e do conhecimento dos pilotos.

Perguntas Frequentes

1. O que é um parafuso chato?

É uma queda onde a aeronave desce paralelamente ao solo, dificultando a recuperação.

2. Por que os turboélices são mais suscetíveis à formação de gelo?

Porque voam em altitudes onde a formação de gelo é mais comum, diferente dos jatos que voam mais alto.

3. Qual é o primeiro passo para sair de um parafuso chato?

Reduzir a potência dos motores para permitir que o nariz da aeronave caia.

4. O que o manual do ATR diz sobre a formação de gelo?

Alerta que operar em países quentes não evita a formação de gelo em altitudes elevadas.

5. Qual é a ordem de prioridades em uma situação de emergência?

Aviate (Voe), Navigate (Navegue) e Communicate (Comunique).

6. O que aconteceu com o ATR 72-500 da TRIP em 2013?

Enfrentou formação de gelo, confundida com problemas nas hélices, mas a tripulação conseguiu reverter a situação.

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